Fonte: Ministério da Previdência / Diário Oficial da União / CNN Brasil
O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), pediu demissão nesta sexta-feira, 2 de maio de 2025, após vir à tona o escândalo de fraudes bilionárias envolvendo o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A decisão foi comunicada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante reunião no Palácio do Planalto e oficializada em edição extra do Diário Oficial da União.
A saída de Lupi ocorre logo após a deflagração da Operação Sem Desconto, que revelou um esquema de filiação não autorizada de aposentados e pensionistas a associações, com descontos mensais indevidos nos benefícios. Segundo a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, os desvios ultrapassam R$ 6 bilhões entre 2019 e 2024. Seis pessoas foram presas, e cerca de R$ 1 bilhão em bens foi apreendido.
Carlos Lupi afirmou, por meio de nota oficial, que não é investigado, mas que optou por se afastar do cargo para não atrapalhar o andamento das investigações. “Espero que as investigações identifiquem os responsáveis e punam, com rigor, aqueles que usaram suas funções para prejudicar o povo trabalhador”, declarou.
Para seu lugar, o presidente Lula nomeou Wolney Queiroz, atual secretário-executivo da pasta e ex-deputado federal por Pernambuco. Ele assume a liderança da Previdência em meio à maior crise institucional enfrentada pelo setor nos últimos anos. A missão de Queiroz será restaurar a credibilidade do sistema e garantir o ressarcimento das vítimas das fraudes.
Enquanto isso, cresce a pressão no Congresso Nacional para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com o objetivo de investigar as irregularidades. A oposição afirma que a responsabilidade pelas falhas no sistema também recai sobre a cúpula do governo.