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09 abril 2022

Conab estima safra 2021/2022 em 269,13 milhões de toneladas

São Paulo (AE) - A produção de grãos no Brasil na safra 2021/2022 poderá atingir 269,13 milhões de toneladas, o que representa 5,4%, ou 13,8 milhões de toneladas, a mais em comparação com a safra anterior 2020/21 (255,51 milhões de t). Os números fazem parte do sétimo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nessa quinta-feira (7).

No entanto, em comparação com o primeiro levantamento da estatal para a atual safra 2021/22, quando a previsão era de 288,6 milhões de toneladas, o volume representa uma redução de 6,7%, ou 19,3 milhões de toneladas. A queda pode ser atribuída em grande parte às "condições climáticas adversas observadas nos Estados da Região Sul e no centro-sul de Mato Grosso do Sul, com perdas maiores na soja e no milho".

De acordo com o levantamento, a área plantada total no País está estimada em 72,9 milhões de hectares, ou seja, crescimento de 4,4% ante a safra 2020/21. Os maiores incrementos de área são observados na soja, com 4,1%, ou 1,6 milhão de hectares e, no milho, com 6,5% ou 1,3 milhão de hectares.

Em comunicado, o presidente da Conab, Guilherme Ribeiro, disse que "o resultado até o fim desta safra vai depender muito do comportamento climático, fator preponderante para o desenvolvimento das culturas". "Entre os meses de março e abril, aproxima-se a conclusão da semeadura da segunda safra brasileira, na qual se destaca a cultura do milho. As chuvas foram mais regulares em toda a região produtora, inclusive no Sul do País, o que permitiu o plantio em boas condições de umidade. O produtor fez sua parte. Agora vamos esperar pelo clima", acrescentou.

 

Projeção do IBGE

Pelo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de março, divulgado nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),  a estimativa é de que a safra agrícola de 2022 totalize um recorde de 258,9 milhões de toneladas, 5,7 milhões de toneladas a mais que em 2021, um aumento de 2,3%.

O resultado, porém, é 2,7 milhões de toneladas menor que o previsto no levantamento anterior, de fevereiro, um recuo de 1 0%. Também segundo o IBGE, os produtores brasileiros devem colher 71,8 milhões de hectares na safra agrícola de 2022, uma elevação de 4,7% em relação à área colhida em 2021. Em relação à estimativa de fevereiro, a área a ser colhida cresceu 0,8%, ou 555,6 mil hectares a mais.

O arroz, o milho e a soja são os três principais produtos da safra que, somados, representam 92,2% da estimativa da produção e 87,7% da área a ser colhida. Em comparação com 2021, houve acréscimos de 8,3% na área a ser colhida de milho (alta de 6,9% na primeira safra do grão e de 8 8% na segunda safra), de 11,1% na área do algodão herbáceo e de 3,8% na da soja. Na direção oposta, houve recuo na expectativa de área colhida de arroz (-1,2%) e de trigo (-2,9%).

Exportação e estoque

No levantamento de abril, a Conab manteve a estimativa para 2022 das exportações de algodão em 2,05 milhões de toneladas, de arroz em 1,3 milhão de toneladas e de feijão em 200 mil toneladas. Para o trigo, considerando que a previsão de volume exportado entre agosto de 2021 e março de 2022 já supera 2,8 milhões de toneladas, é esperado um aumento no período correspondente ao ano comercial que vai até julho. Diante disso, a estimativa é que sejam exportadas 3 milhões de toneladas. Confirmado esse número, será o recorde da série histórica para o trigo.

Em compensação, para a soja houve redução no volume estimado de exportações, passando de 80,16 milhões de toneladas para 77 milhões de toneladas, motivada por um maior direcionamento para a produção e exportação de óleo, em detrimento do grão. Já em relação ao milho, a venda externa deve passar de 35 milhões de toneladas para 37 milhões de toneladas neste levantamento. "Acreditamos que o aumento da produção brasileira, alinhada à demanda internacional aquecida, deverá promover essa elevação de 77,8% das exportações do grão na safra 2022, compreendida entre fevereiro de 2022 e janeiro de 2023", avalia o superintendente de Estudos de Mercado e Gestão da Oferta da Conab, Allan Silveira.

 

Tribuna do Norte 

 

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