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06 abril 2022

Planalto estuda adiar votação na Petrobras

Com dificuldade para encontrar um novo nome para assumir a principal cadeira executiva da Petrobras, após a desistência de Adriano Pires, o governo federal colocou na mesa estratégias para conseguir ganhar tempo e mitigar a crise de governança na qual mergulhou a empresa. Uma das opções que vem ganhando força seria tirar da pauta da assembleia a votação do novo Conselho de Administração – votando apenas as demais matérias, como a aprovação das contas da companhia referentes ao ano passado. Essa possibilidade envolve a permanência do general Joaquim Silva e Luna por mais tempo no comando da estatal.

Pelas regras do estatuto da estatal, o presidente da companhia precisa ser membro do conselho de administração, por isso a importância dessa eleição. No último documento entregue ao regulador, com os nomes do governo indicados ao colegiado da companhia, ainda estão Rodolfo Landim, presidente do Flamengo que já desistiu da posição, e do general Joaquim Silva e Luna, demitido pelo presidente Jair Bolsonaro sob o contexto das altas dos combustíveis. Adriano Pires não chegou a ter seu nome incluído na lista de indicados.

 

Depois do imbróglio formado após a indicação de Pires ao cargo, com potenciais conflitos de interesse vindo à tona, os nomes sondados pelo governo estão preferindo se manter longe na companhia, ainda mais porque o mandato é apontado como "tampão".

 

Segundo fontes, uma das apostas, o presidente da Enauta, Decio Oddone, já recusou o convite. Afinal, são apenas oito meses até o fim do mandato e o atual governo está atrás nas pesquisas eleitorais para a presidência. Ou seja, um executivo do setor teria que se desvencilhar de suas atuais funções sem a certeza de que continuaria na próxima gestão. É dado com certo que se o pleito for vencido pelo petista Luiz Inácio Lula da Silva haverá troca da presidência da estatal.

 

Caso seja batido o martelo e o governo decida, de fato, retirar a votação da pauta da assembleia marcada para o próximo dia 13, o atual presidente da Petrobras, o general Joaquim Silva e Luna, deverá ficar mais um tempo no cargo. Isso ocorreria até que o governo conseguisse acertar um novo nome e marcar uma assembleia para votar o conselho.

 

O Portal do Estadão informou que o general não veria problemas em ficar mais um tempo no cargo. O governo corre para conseguir encontrar um nome, mas a visão é de que há pouco tempo hábil. Faz parte do rito da empresa uma verificação do nome pelo Comitê de Pessoas, órgão vinculado ao Comitê de Pessoas (Cope) da companhia.

 

Cogitados

A desistência de Adriano Pires para a Presidência da Petrobras e Rodolfo Landim para o Conselho de Administração da empresa explodiu a bolsa de apostas para os novos nomes para o comando da petrolífera brasileira. O nome do secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, Caio Mario Paes de Andrade, ganhou força, mas também outros nomes entraram no radar: Márcio Weber, Décio Oddone e Vasco Dias.

Márcio Weber é atual conselheiro da empresa. Foi membro da Diretoria de Serviços da Petrobras Internacional (Braspetro) e Diretor da Petroserv S.A. Uma das vantagens é que ele pode “descer” do Conselho para a Diretoria Executiva. Já sendo conselheiro, ele poderia ser aprovado como presidente na reunião. Neste caso, contribui o fato de que os conselheiros já passaram pelo crivo da checagem exigida pelas regras de governança.

Oddone é ex-diretor geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP) e atual diretor-presidente da Enauta. Foi CEO da Petrobras Bolívia e presidente do Conselho de Administração e CEO da Petrobras Energia. Experiente, Oddone tem como empecilho estar no comando da Enauta, que tem negócios com a Petrobras. O Portal do Estadão apurou que Oddone já recusou o convite porque só restam oito meses para o fim do atual governo.

 

Tribuna do Norte 

 

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