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05 março 2024

RN inicia o ano letivo atrasado em comparação com outros estados do Nordeste

REDAÇÃO ITAJÁ TV

Última rede estadual de ensino do Nordeste a iniciar as aulas do ano letivo de 2024, o Rio Grande do Norte retomou o ano letivo, nesta segunda-feira (4), em 586 escolas distribuídas nos 167 municípios do estado. A Secretaria Estadual de Educação (SEEC) apontou que o “atraso” no calendário se deu em razão da greve dos professores realizada no ano passado para implantação do reajuste do piso salarial. Entretanto, outros estados nordestinos como Maranhão, Bahia e Alagoas também passaram por greves no ano anterior, e retomaram o ano letivo antes do RN.


Fernando Francelino, diretor da Escola Estadual Winston Churchill, ressalta que apesar do início tardio das aulas, as expectativas para o ano letivo são as melhores. O gestor pondera que o calendário ofertado atende a Lei de Diretrizes Básicas da Educação, que estabelece a carga horária mínima anual de 200 dias letivos no ano. “Apesar do início ser em março esse ano, muito por decorrência do que ocorreu no ano anterior, da questão da greve, mas não é a primeira vez que o ano começa em março.”, explica Fernando.


“Eu pelo menos estou na perspectiva de gestão já há cinco anos de escola em tempo integral e a expectativa nossa de primeiro momento onde os estudantes novatos estão chegando são sempre as melhores. Porque tem uma molecada vindo do 9º ano, está mudando de nível de ensino, então eles vêm muito empolgados. A escola em tempo integral inclusive tem a modalidade de receber os estudantes de forma diferenciada. Recebe os primeiros anos, que são os novatos, depois recebe os veteranos e daí a gente segue. Particularmente a nossa escola esse ano também está iniciando com o ensino técnico integrado. Os meninos vão ter aquela história dos dois diplomas. Vão sair daqui com o ensino técnico em meio ambiente”, conta o diretor.


O professor de língua portuguesa, Marlyton Pereira, espera que este ano letivo possa caminhar bem, e diferente do anterior, que ocorreu uma greve e promoveu a interrupção no ciclo das aulas.


Para o professor, os recentes índices educacionais que deixaram o RN na “lanterna” em comparação a outros estados, estão creditados à questão de investimento, e às últimas alternâncias no Governo que não estabelecem uma política de educação que dure. “Muda a gestão, muda a proposta. E isso acaba atrasando, porque a gente acaba entrando em ciclos diferentes”. Em relação ao início das aulas neste mês, Marlyton Pereira relata que pode haver impacto a depender do andamento.


“Acredito que há um impacto, mas ele não vai interferir nos resultados que a gente pode alcançar. A equipe está disposta a trabalhar e isso é fundamental, independente do tempo que nós tenhamos para o fim do ano”, disse.


Gabriel da Trindade, aluno do terceiro ano no ensino médio, espera que o ano seja movimentado, diante da quantidade de alunos novatos para organizar eventos e gincanas. O estudante acredita que apesar do atraso provocado pela greve no ano anterior, não haverá tantas dificuldades diante da boa estrutura da escola e dos professores que estão dando sempre o melhor.


“Um impacto negativo eu diria”, aponta Nabi Gomes, estudante do segundo ano, em relação ao início do ano letivo neste mês de março, sendo a última rede de ensino do Nordeste a retomar as aulas. Contudo, Nabi espera que as expectativas para este ano sejam supridas. “Eu estou muito feliz esse ano. Eu espero que as minhas expectativas supram. Eu acho que vai ser um ano bem participativo, a gente vai ter muitas dinâmicas, então acho que são grandes as minhas expectativas”, conta.

Segunda menor média de horas-aula no Nordeste
De acordo com o Censo Escolar 2023, do Ministério da Educação, o Rio Grande do Norte tem o segundo menor número de aulas diárias do Nordeste, com média de 5,2 horas-aula por dia no ensino médio. No Brasil, o RN é o 20º colocado do ranking. A média do ensino fundamental também é baixa, com 4,9 horas-aula, sendo o penúltimo no Nordeste e o 20º do país.


O calendário divulgado pela Secretaria de Estado da Educação, da Cultura, do Esporte e Lazer, organizou os 200 dias letivos em quatro bimestres, mantendo a tradição. As aulas do ano letivo 2024, na rede estadual de educação, que tiveram início nesta segunda-feira, estão previstas para serem concluídas em 23 de dezembro.



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