A Polícia Federal (PF) prendeu de maneira preventiva, nesta quarta-feira (28), cinco integrantes de um grupo suspeito de cobrar até R$ 250 mil para espionar magistrados do Judiciário, ministros, senadores e deputados. Membros se autointitulavam “Comando C4 (Comando de Caça-Comunistas, Corruptos e Criminosos”, rede descrita pela PF como responsável por planejar assassinatos por encomenda.
Prisões ocorreram no âmbito da operação Sisamnes, que chegou hoje à sétima fase e apura venda e compra de decisões judiciais no Mato Grosso e no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A ação desta quarta, determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mirou suspeitos de matar o advogado Roberto Zampieri em Cuiabá, em 2023, crime que teria ligação com esquema de sentenças. Esse grupo, segundo a PF, praticava espionagem e planejava “homicídios sob encomenda”.
Uma tabela encontrada pela PF e a que o SBT News teve acesso descreve possíveis autoridades alvos dessa espécie de “empresa de extermínio”: “especialistas” a serem contratados e até detalhes como armamentos, aluguel de espaços e uso de drones, rastreadores, telefones por satélite, disfarces (perucas e bigodes) e “garotas e garotos de programa” como iscas em supostas ações de monitoramento.
Documento fornecia preços para espionar autoridades, segundo confirmação da PF ao SBT News
Deputados – R$ 100 mil;
Senadores – R$ 150 mil;
Ministros e/ou membros do Judiciário – R$ 250 mil.
A tabela traz ainda recomendação de modelos específicos de veículos, com placas frias, e arsenal previsto para emprego nessas ações, como fuzis do tipo sniper, lança-rojão, minas magnéticas, explosivos com detonação remota e fuzis lançadores de dardos, “tipo captura de animais”.
SBT News
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