Os Correios anunciaram nesta segunda-feira (12) um conjunto de sete medidas que integram um plano emergencial de redução de despesas. A iniciativa vem poucos dias após a divulgação do balanço financeiro de 2024, que revelou um prejuízo de R$ 2,6 bilhões — quatro vezes maior que o registrado em 2023, quando a estatal já havia acumulado perdas de R$ 633,5 milhões.
A empresa, presidida por Fabiano Silva dos Santos, busca recuperar o equilíbrio financeiro diante do agravamento das contas e da crescente pressão por eficiência e sustentabilidade fiscal.
As medidas anunciadas incluem:
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Revisão de contratos e cortes em despesas administrativas;
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Redução de gratificações e funções comissionadas;
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Otimização da estrutura organizacional e de pessoal;
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Adoção de políticas mais rígidas de controle de gastos;
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Revisão do portfólio de serviços não lucrativos;
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Reavaliação de imóveis e ativos da empresa;
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Ampliação de parcerias com o setor privado para serviços logísticos.
O presidente da estatal destacou que as medidas são necessárias para garantir a sobrevivência da empresa e restabelecer a sua capacidade de investimento e modernização. “Estamos tomando decisões duras, mas essenciais para garantir um futuro sustentável para os Correios”, afirmou Fabiano Silva.
A situação financeira da empresa preocupa o governo federal e reacende o debate sobre a viabilidade econômica da estatal, especialmente frente à concorrência do setor privado e à queda na demanda por serviços postais tradicionais.
A expectativa é de que o plano de ajuste comece a surtir efeito ainda em 2025, com redução gradativa dos prejuízos. Os Correios também estudam alternativas de digitalização e modernização dos serviços, como forma de se manter relevantes no cenário atual.