O preço da carne no Brasil acumulou uma alta de 22,24% nos últimos 12 meses, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A elevação atinge todas as categorias de carne monitoradas pelo órgão, incluindo a picanha, que teve aumento de 15,6% no mesmo período.
A alta expressiva tem impactado diretamente o bolso dos consumidores e acendido o alerta sobre o custo dos alimentos básicos no país. A carne, tradicionalmente um dos itens de maior peso na alimentação do brasileiro, tem se tornado cada vez mais difícil de ser incluída no cardápio diário das famílias, especialmente das de menor renda.
A picanha, que ganhou destaque na campanha presidencial de 2022 com a promessa do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de torná-la mais acessível à população, é um dos cortes que mais encareceram nos últimos meses. A promessa, que virou símbolo político e slogan de campanha, contrasta agora com o cenário de aumento contínuo nos preços.
Especialistas apontam que diversos fatores têm contribuído para a alta, incluindo o custo da produção, a demanda externa por carne brasileira, o clima e a valorização de insumos no mercado. Além disso, o cenário econômico com inflação acumulada em vários setores pressiona o poder de compra das famílias.
Com os aumentos sucessivos, a carne tem sido substituída por alternativas mais baratas, como frango, ovos e proteínas vegetais. A expectativa é de que o governo federal adote medidas para conter os preços ou mitigar os efeitos da alta na mesa do brasileiro.
O IBGE continuará monitorando os dados nos próximos meses para avaliar a tendência dos preços no setor alimentício.
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