O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o bloqueio do Instagram do adolescente João Zambelli, de 17 anos, filho da deputada Carla Zambelli (PL-SP).
Ao decidir pela prisão preventiva, Alexandre de Moraes ordenou o bloqueio de todas as redes sociais da parlamentar e também do Instagram do jovem.
“Determino às empresas GETTR, META, LINKEDIN, TIK TOK, X, TELEGRAM e YOUTUBE, que, no prazo de 2 (duas) horas, procedam ao bloqueio dos canais abaixo discriminados, sob pena de multa diária de R$ 100.000,00 (cem mil reais), com o fornecimento de seus dados cadastrais a esta SUPREMA CORTE e a integral preservação de seu conteúdo”, ordenou Moraes.
Em meio às contas de Carla Zambelli, Alexandre de Moraes incluiu o perfil de João Zambelli no Instagram.
O ministro não apresentou justificativa ao determinar o bloqueio da conta do adolescente. Na rede, João Zambelli compartilha postagens contra o governo Lula e políticos de esquerda.
Parte dos vídeos e imagens publicados por ele também foram postados no Instagram de Carla Zambelli.
Carla Zambelli se manifesta sobre decisão de Alexandre de Moraes
Ao se manifestar sobre a decretação da prisão pelo STF, Carla Zambelli reclamou que a medida também atinja a rede social do filho, que fez a primeira postagem em maio de 2024 aludindo uma futura candidatura a vereador em 2028.
“Uma medida dessa gravidade jamais poderia ser tomada de forma monocrática. Mas o mais grave foi o ataque à minha família. O ministro Alexandre de Moraes determinou o bloqueio da conta de Instagram do meu filho, João Zambelli, um jovem de apenas 17 anos que está iniciando sua trajetória na vida pública. Com isso, não atacou apenas a deputada ou a cidadã Carla Zambelli. Ele atacou uma mãe”, disse.
Carla Zambelli continuou: “Não bastasse isso, mandou também bloquear as contas da minha mãe, Rita Zambelli, que é pré-candidata a deputada federal. Ao fazer isso, atinge não apenas a cidadã, mas também a filha. Esses títulos — de mãe, de filha e de deputada — me foram dados por Deus e pelo povo. Denunciarei esse abuso, essa perseguição e essa escalada autoritária em todos os fóruns internacionais possíveis. O mundo precisa saber que, no Brasil, ministros do Supremo agem como imperadores, atropelando leis, calando vozes, destruindo famílias. Essa perseguição política está apenas começando a ser exposta”.
A deputada federal foi condenada a 10 anos de prisão por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e deixou o Brasil alegando necessidade de fazer tratamento médico no exterior.
CNN
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