Fonte: IBGE / Folha de S.Paulo / Paraná Cooperativo
Dados do Censo Demográfico 2022 do IBGE revelam que o analfabetismo ainda atinge de forma desproporcional a população preta e parda no Brasil. A taxa de analfabetismo entre pessoas pretas e pardas com 15 anos ou mais é de 7,4%, mais do que o dobro da verificada entre pessoas brancas, que é de 3,4%.
O estudo destaca que, apesar da redução contínua das taxas gerais de analfabetismo no país, as desigualdades raciais e regionais permanecem marcantes. O problema se agrava entre os idosos: entre pessoas com 60 anos ou mais, 23,3% dos pretos e pardos são analfabetos, enquanto esse número cai para 9,3% entre os brancos.
O Nordeste segue sendo a região com os maiores índices de analfabetismo do país, com uma taxa média de 11,7% — mais do que o dobro da média nacional, que é de 5,6%. O recorte racial nessa região é ainda mais preocupante, reforçando a urgência de políticas públicas voltadas para o acesso universal e igualitário à educação.
Especialistas apontam que o analfabetismo é reflexo de décadas de exclusão social e educacional, além de fatores estruturais como pobreza, falta de acesso a escolas e baixa qualidade do ensino público em áreas vulneráveis.
O IBGE e instituições educacionais reforçam a necessidade de investimentos consistentes e contínuos na alfabetização de jovens, adultos e especialmente idosos, com foco na redução das desigualdades históricas.
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