Fonte: CGU / Agência Brasil
Um relatório divulgado recentemente pela Controladoria-Geral da União (CGU) apontou falhas graves na atuação do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no que diz respeito à fiscalização e ao combate a fraudes. O documento revela que o INSS deixou de adotar medidas eficazes para evitar pagamentos indevidos de benefícios, o que pode ter gerado prejuízos milionários aos cofres públicos.
Segundo a CGU, o instituto não implementou sistemas de controle eficientes para detectar irregularidades, como benefícios acumulados indevidamente ou concessões feitas com base em documentos falsos. O relatório também destaca a ausência de ações preventivas e corretivas, além de falhas no monitoramento de servidores e processos internos.
Entre os principais problemas encontrados, estão:
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Falta de cruzamento automático de dados entre diferentes órgãos;
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Atraso na análise de denúncias de irregularidades;
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Ausência de auditorias periódicas em setores críticos do INSS;
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Benefícios concedidos a pessoas já falecidas ou com registros inconsistentes.
A CGU recomendou ao INSS uma série de medidas urgentes, como o fortalecimento das auditorias internas, a modernização dos sistemas de tecnologia da informação e a adoção de protocolos mais rígidos de verificação de documentos.
Em resposta, o INSS informou que já está revisando seus procedimentos e que pretende implementar um novo plano de combate a fraudes ainda neste ano. O órgão também afirmou que colabora com a CGU e demais órgãos de controle para corrigir as falhas apontadas e recuperar valores pagos de forma indevida.
O relatório acende um alerta para a necessidade de maior rigor na gestão dos recursos da Previdência Social, especialmente diante do cenário de restrições orçamentárias e aumento da demanda por benefícios.
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